Susto, emoção e gratidão, todas são palavras que resumem nossos sentimentos nos últimos dias. E olhe que nem estou pensando em Copa do Mundo. A boa nova de que um um time de futebol inteiro estava vivo, mas perdido em meio a uma caverna do norte da Tailândia, encheu de preocupação gente do mundo inteiro. Passadas as primeiras impressões, o mais emocionante estava para vir: como tirá-los de lá sãos e salvos? Como chegar antes da chuva que teimava em cair e inundar tudo? Como chegar até eles com comida e roupas para protegê-los do frio e da desnutrição?
Tudo foi cuidadosamente planejado com o apoio de gente de diferentes origens e formações. Muitos torceram por aquela equipe, que digamos pela realidade era muito mais importante que as seleções da França e Croácia juntas. Daí vem uma lição a um mundo onde as pessoas são normalmente tomadas por um surto de individualismo e egoísmo. Na tentativa de resgate uniram-se mais de mil pessoas pessoas de todas as culturas. Um bilionário americano; um médico australiano que estava de férias num resort por ali; o tailandês mais simples; e até eu e você que pensávamos no melhor desfecho pra esta história. A velha e surrada frase de que unidos somos mais fortes e vamos mais longe, foi testada e aprovada mais uma vez.
O esperado resgate foi um sucesso: um a um os meninos e o técnico foram retirados daquele local escuro e perigoso. Nova vida, novas perspectivas. Até um convite pra ver a final da copa veio e não pode ser atendido por motivos óbvios.
Finalmente, um único lamento: a perda de um socorrista que literalmente deu a sua vida por aqueles que sequer conhecia. Não eram seus amigos, seus parentes, mas precisavam dele. Há 2.000 anos alguém fez o mesmo em uma dimensão universal: deu sua vida em resgate de muitos. Jesus Cristo morreu por nós perdidos nas cavernas do erro, sujeitos à morte eterna. Seu sacrifício nos constrange a resgatar gente da caverna escura e mortal do pecado e da alienação eterna.
Será que podemos nos unir para isto?
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