Começou tudo de novo... Milhões de panfletos; cartazes com fotografias retocadas no photoshop mostrando rostos amigáveis; programas de rádio e TV e promessas, muitas promessas ...
Mais segurança, educação de qualidade, geração de novos empregos, valorização da mulher e dos jovens são apenas alguns dos itens da agenda dos que prometem. Estamos de novo em campanha eleitoral no Brasil e há os que amam esta época, mas ao que tudo indica há os que detestam. Parece que as noticias sobre corrupção entre os políticos levam a uma generalizada descrença na política. Como conseqüência há um desinteresse até por eleições; uma maneira democrática de exercer a cidadania e participar das mudanças necessárias em uma comunidade.
Como cristãos vivemos um dilema: De um lado acreditamos no reino dos céus e esperamos um tempo em que o governo de Deus será implantado aqui. Nesta nova ordem de coisas não há lugar para corrupção, erros ou injustiças. Será o mandato eterno da paz e da retidão. O cristão é um cidadão desta pátria celestial que em ultima instancia é sua verdadeira pátria e o local onde residem suas maiores aspirações.
Por outro lado ele também tem cidadania terrestre em um mundo complexo e secularizado. E, para muitos o fato de serem cidadãos do reino elimina a possibilidade de exercerem sua cidadania terrestre e aí participar da política e até votar são coisas não coerentes para um cristão.
Seria bom pensar que embora Cristo tenha dito que seu reino não é deste mundo e daqui ele não era. E que seus ministros não foram desafiados para entrarem em uma luta política contra o Império Romano; Jesus exerceu sim sua cidadania. Ele pagou impostos, era submisso à autoridade, e inclusive promoveu a separação entre igreja e o Estado (Marcos 12:17). E é ai que reside a conciliação entre as duas cidadanias: O cristão dá a César(governo) o que lhe é devido e a Deus (reino de Deus) o que lhe corresponde. E se por acaso houver alguma duvida entre submeter-se às regras de uma ou de outra, ele não vacila e escolhe obedecer a Deus (Atos 5:29).
Mesmo tendo o reino dos céus como prioridade o cristão exerce sua cidadania terrestre participando em tudo o que não fere os princípios da lei de Deus. O cristão também vota e ele mais do que ninguém tem a responsabilidade de votar conscientemente prestando a atenção em candidatos que defendam a liberdade religiosa, ajudem a promover a temperança e por palavras e ações estejam no rol dos honestos.
Uma tarefa um tanto difícil escolher este tipo de candidato. Mas é a hora para usar a cabeça e pedir iluminação divina ao escolher aqueles que mais se encaixam neste perfil.
Comentários
Enviar um comentário