Li, recentemente, um livro intitulado “O último herói do Titanic” de autoria de Moody Adams. Nesta obra estão reunidos testemunhos de diferentes pessoas que sofreram a influência de John Harper, um cristão escocês, que mesmo sendo uma das vítimas do naufrágio do gigantesco navio, testemunhou de Cristo até minutos antes de desaparecer nas águas geladas do oceano.
Aquela noite fatídica de 14 de abril de 1912 serviu não apenas para ilustrar sermões ou ser a base de milionários filmes, mas a vida espiritual pode ser aperfeiçoada com exemplos a serem imitados ou evitados.Vejamos alguns:
O TITANIC FOI UM EXEMPLO DO ORGULHO HUMANO
Uma revista comercial descreveu o Titanic como “praticamente insubmergível”, e é atribuída a um empregado da White Star a seguinte frase: “Nem mesmo o próprio Deus pode afundar esse navio.”
A Associated Press entusiasmou-se ao descrever a embarcação nas seguintes palavras : “Tudo que a riqueza e as habilidades modernas podiam produzir estava incorporado no Titanic...”
Na época, o majestoso navio com mais de 4 quadras de comprimento, era o símbolo do orgulho e da capacidade do homem. Símbolo que as gélidas águas do Atlântico enterraram.
O orgulho, é no dizer de Ellen White em Parábolas de Jesus p.154, o pecado “mais irremediável”.
Assume ele diferentes formas: para alguns o orgulho é intelectual, outros são orgulhosos das posses materiais e ainda outros orgulham-se da própria “humildade”. A verdade é que o orgulho é um peso pecaminoso que afunda a vida espiritual de qualquer pessoa .Salomão já previa este naufrágio quando declarou: “A soberba precede a ruína, e a altivez de espírito, a queda”, Provérbios 16:18.
O TITANIC FOI UM EXEMPLO DO EGOÍSMO E DA MESQUINHÊS DO SER HUMANO
Adams conta no seu livro algumas histórias que ilustram quanto egoísmo tem o ser humano.
Na página 18 ele fala de um banqueiro americano que conseguiu colocar seu cachorro de estimação num barco salva-vidas, tomando o lugar de outra pessoa. Conta ainda que Bruce Ismay, um dos donos do Titanic, diretor administrativo da Companhia White Star e o responsável por não haver número suficiente de barcos salva-vidas, entrou num destes barcos enquanto centenas de mulheres permaneceram no navio que estava afundando.
Tudo isto encontra um paralelo com o nosso tempo.Vivemos na era do salve-se quem puder. Parece que esta é a máxima no mundo em que vivemos. Cada um quer defender a própria pele e não há tempo para os outros.
Este é um tempo de materialismo que diz: “Ganhe mais, compre mais, construa mais!”. Um tempo de secularismo que lhe diz: “Agarre todo o prazer que puder, porque você passa por esta vida só uma vez!”
O Cristão deveria sucumbir diante desta onda de crueldade e falta de misericórdia? Seria bom pensar na profundidade da quinta bem-aventurança: “Bem aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia”. Mateus 5:7
O TITANIC TESTEMUNHOU UM EXEMPLO DE ALTRUISMO E DE AMOR PELOS PECADORES
O livro que li fala a respeito de um passageiro singular no grande navio. John Harper, este grande cristão que falou de Jesus até os últimos segundos de sua vida. Harper chegou a tirar seu colete salva-vidas e o entregou para outro homem na tentativa de salvá-lo. Mas, este homem de Deus, não foi altruísta apenas no sentido de salvar a vida física de alguém. A história mais dramática ocorreu quando já dentro da água gelada, Harper encontrou um náufrago agarrado a uma tábua e gritou-lhe: “Você é salvo?”. Diante da resposta negativa citou-lhe: “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo.”
De repente o homem sumiu na escuridão. Mais tarde, próximos novamente, Harper pergunta ao seu companheiro de infortúnio: Você é salvo? Mais uma vez recebeu a palavra “não” como resposta. Repetiu então Atos 16:31 , e em seguida não conseguiu lutar mais, morreu afogado e desceu para seu túmulo no oceano.
Socorrido pelo navio SS Carpathia, o sobrevivente “ainda não salvo” dias mais tarde testemunharia em Hamilton que fora “o último convertido” de John Harper.
Esta história nos lembra as palavras do apóstolo Paulo que disse: “Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não...” II Timóteo 4:2
Sabe ser uma testemunha de Cristo não dever ser algo esporádico na vida dos filhos de Deus. Algo que dependa de uma ordenação, de um salário ou de um cargo. Não importa o local ou a situação: nossa voz ou simplesmente nosso “sermão mudo”, o exemplo, falam de Cristo. Este foi o exemplo deixado por John Harper no Titanic. Ele nos desafia para a nobre tarefa que Deus nos confiou: Sermos missionários (enviados) por Deus a fim de proclamar Cristo ao mundo.
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