Iniciamos o ano com uma noticia no mínimo inusitada: Na Bélgica está havendo uma onda de “desbatismos”.Como reação aos escândalos de pedofilia que agitam a Igreja Católica naquele País, um ato simbólico dos fiéis se torna cada vez mais frequente: o “desbatismo”. Centenas de belgas demonstram sua insatisfação com a Igreja ao escrever para a paróquia onde foram batizados pedindo que se anote no registro sua opção de abandonar a Igreja.
Aliás, renegar o batismo é um fenômeno que se tornou usual na Europa e se estendeu pelo mundo com a proliferação de grupos ateus que oferecem apoio pela internet. É o caso publicado pelo jornal “O Estado de S.Paulo” do dia 13.04.2009, pág. A-14, informando que na Argentina, algumas ONGs estão propondo um “desbatismo” coletivo para as pessoas que foram batizadas quando eram bebês na Igreja Católica. Elas não desejam mais participar oficialmente do catolicismo romano já que são atéias, agnósticas ou genericamente religiosas. O movimento denominado “No em mi nombre”, ou seja, “Não em meu nome”, propõe aos argentinos que não se consideram mais católicos que enviem cartas aos bispos das cidades em que foram batizados para que “conste oficialmente dos registros da Igreja que não integram mais o rebanho”.
Quando li estas notícias fiquei pensando em duas coisas: 1)Já pensou se esta moda chega ao Brasil com o contingente enorme de católicos não praticantes que temos por aqui?
2) A falta de entendimento que muita gente tem sobre o significado do batismo. Batismo é um ato ao qual devem submeter-se pessoas com discernimento espiritual e não crianças sem conhecimento e sem condições de fazer uma decisão séria. Não foi à toa que Jesus disse: “Quem crer e for batizado será salvo”. Se o batismo fosse sempre uma decisão consciente não haveria a necessidade de “desbatismo” inconsciente.
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